ARTE ABSTRATA II
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Eles se lançaram à criação de uma arte que revelaria aspectos da realidade que pareciam inaceitáveis às técnicas e convenções da arte figurativa.
Estavam conscientes das grandes mudanças na tecnologia industrial, no início dos vôos tripulados, do motor a combustão interna, da fotografia e do cinema.
ABSTRAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO
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Novas maneiras de declarar o que é o caso
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Obra consultada: ARTE ABSTRATA - Mel Gooding
Cosac&Naif
(Introdução)
Toda arte é abstrata, no sentido de que toda arte se envolve no mundo e nos aspectos abstrato dele para nos apresentar um objeto ou acontecimento que aviva ou ilumina nossa apreensão no mundo. "O mundo é tudo que é o caso", escreveu Ludwig Wittgenstein, no início de um projeto filosófico que começou com um esforço para descrever logicamente o mundo e terminou com reflexões a respeito da natureza problemática da própria linguagem que devemos usar quando formos descrever o que quer que seja. O progresso de uma arte da representação para a da abstração de certa maneira ocorreu paralelamente a essa busca moderna quintessencial por um novo tipo de verdade."Tudo que é o caso" inclui a natureza e a sociedade, o ambiente construído, as estruturas da religião, da arte e da ciência, e todos os maravilhoso e mundanos atos, pensamentos e emoções, especulações e imaginações que compreendem uma cultura humana complexa. A partir dos primeiros anos do século XX, pintores e escultores nas tradições européias de arte, mais do que em qualquer época desde a Renascença, buscaram de modo consciente formas radicalmente novas de representar sua experiência do mundo.
Piet Mondrian -gray tree - 1912
A grande e duradoura idéia de que a pintura e a escultura poderiam retratar a realidade do mundo por meio de imitação iluminadora (mimese), ou da representação ilusionista de fenômenos naturais, foi de repente posta em dúvida. Muitos artistas viam a representação figurativa como uma limitação a sua capacidade de representar as realidades da experiência, incluída a experiência espiritual, como o tipo de intensidade ou clareza que revelariam sua verdadeira natureza.
Além disso, os artistas sentiram necessidade de levar em consideração realidades novas então reveladas pela ciência, dinâmicas recentemente descobertas pela matemática e pela física, novas idéias em psicologia, desenvolvimentos pós-darwinianos na biologia, na religião e no que se costumava chamar de "filosofia natural". Eles estavam sensíveis também à nova política da social-democracia, do comunismo e da liberdade individual.
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mudanças na arte
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Estavam conscientes das grandes mudanças na tecnologia industrial, no início dos vôos tripulados, do motor a combustão interna, da fotografia e do cinema.
As cidades nas quais viviam estavam numa condição de transformação dinâmica. Tudo isso trouxe como consequencias a rejeição das velhas formas de arte que buscavam imitar a aparência das coisas e a invenção de novas formas que revelariam as relações ocultas entre as coisas. Objetos são objetos; eles podem ser retratados, mas representar as relações dinâmicas entre os objetos exigia uma linguagem visual abstrata.
Isso não significa que os artistas no início do século compreendessem plenamente, ao modo dos teóricos, cientistas e outros especialistas, os variados desenvolvimentos intelectuais, espirituais e tecnológicos que estavam ocorrendo. Nem precisavam. Os artistas tem seu próprio trabalho a fazer, pesquisas intuitivas específicas a realizar. O que havia era que algo de muito excitante estava no ar e que a palavra novo se aplicava a quase tudo que estava acontecendo. Ao lado da palavra "moderno", ela se tornaria umas das palavras-chaves afirmativas do século, um talismã verbal, tanto para os artistas como para os críticos.
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A originalidade criativa, para os artistas modernos, estava sujeita aos imperativos da autenticidade: resposta às exigências da vida interior, engajamento verdadeiro na realidade externa e liberdade de emancipação. Essa ênfase sobre a experiência individual tornava inevitável que as obras assumissem muitas formas diferentes e que o que pensavam sobre o significado e os propósitos da arte fosse correspondentemente diverso. Efetivamente não houve nenhum "movimento abstrato" enquanto tal, mas muitas das manifestações de uma tendência poderosa da arte moderna para longe da representação de objetos reconhecíveis no espaço pictórico (não importa em que estilo ou maneira) e em direção à apresentação da pintura ou da escultura como um objeto real no espaço real.Alguns artistas acreditavam que tal objeto poderia mesmo emanar uma espécie de energia, sensual ou espiritual e ativar o espaço ao seu redor. A disposição de linhas, os formatos e as cores da trela, ou as formas esculturais puras no espaço, tendo sido abstraídas da natureza, operavam agora diretamente a=sobre o espectador, como faziam os fenômenos naturais da luz, da cor, da textura e do movimento. Alguns sentiam que a obra de arte abstrata poderia induzir a um sentimento do numinoso ou transcendente a ocupar um lugar na vida espiritual entre objetos sagrados ou os ícones do passado.
Isso não significa que os artistas no início do século compreendessem plenamente, ao modo dos teóricos, cientistas e outros especialistas, os variados desenvolvimentos intelectuais, espirituais e tecnológicos que estavam ocorrendo. Nem precisavam. Os artistas tem seu próprio trabalho a fazer, pesquisas intuitivas específicas a realizar. O que havia era que algo de muito excitante estava no ar e que a palavra novo se aplicava a quase tudo que estava acontecendo. Ao lado da palavra "moderno", ela se tornaria umas das palavras-chaves afirmativas do século, um talismã verbal, tanto para os artistas como para os críticos.
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Ao artista: "Faça o novo!"
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A originalidade criativa, para os artistas modernos, estava sujeita aos imperativos da autenticidade: resposta às exigências da vida interior, engajamento verdadeiro na realidade externa e liberdade de emancipação. Essa ênfase sobre a experiência individual tornava inevitável que as obras assumissem muitas formas diferentes e que o que pensavam sobre o significado e os propósitos da arte fosse correspondentemente diverso. Efetivamente não houve nenhum "movimento abstrato" enquanto tal, mas muitas das manifestações de uma tendência poderosa da arte moderna para longe da representação de objetos reconhecíveis no espaço pictórico (não importa em que estilo ou maneira) e em direção à apresentação da pintura ou da escultura como um objeto real no espaço real.Alguns artistas acreditavam que tal objeto poderia mesmo emanar uma espécie de energia, sensual ou espiritual e ativar o espaço ao seu redor. A disposição de linhas, os formatos e as cores da trela, ou as formas esculturais puras no espaço, tendo sido abstraídas da natureza, operavam agora diretamente a=sobre o espectador, como faziam os fenômenos naturais da luz, da cor, da textura e do movimento. Alguns sentiam que a obra de arte abstrata poderia induzir a um sentimento do numinoso ou transcendente a ocupar um lugar na vida espiritual entre objetos sagrados ou os ícones do passado.
Todas as pinturas e esculturas são, é claro, “objetos reais no espaço real”.
Tendo isso em vista, as obras abstratas devem representar algo à mente, assim com as obras figurativas apresentam uma imagem ao olho. Tais distinções não tem a intenção de ser um jogo de palavras paradoxal, mas, sim, a de enfatizar as importantes diferenças de propósito e efeito entre os dois tipos de arte. Elas demonstram as dificuldades de terminologia que todos nós encontramos quando falamos ou escrevemos sobre arte abstrata. Essas dificuldades são aumentadas por uma linguagem às vezes mistificadora e contraditória que caracteriza os enunciados e escritos de muitos dos maiores artistas abstratos. O que os artistas escrevem é com frequência muito interessante em relação às fontes e às intenções de suas obras, mas nunca é definido ou conclusivo quanto a seus efeitos. Ao espectador cabe criar significados; não cabe ao artista ditá-los.
Muitos artistas responderam à liberdade de expressão sem precedentes, necessária para a abstração, expandindo as possibilidades expressivas da arte figurativa. Cores arbitrárias; pinceladas veementes e texturas exageradas; colagens e outras rupturas da superfície; distorções da figura e de outras formas naturais: esses foram alguns dentre os diversos artifícios adotados. Em muitos casos, técnicas anteriormente vistas como preliminares, manejo grosseiro de materiais em direção à completude e ao “acabamento”, passaram a ser considerados como válidos por si, como aspectos expressivos autênticos da obra acabada. Um dos (muitos) problemas que surge na discussão da abstração e de suas histórias na arte moderna é que o próprio termo “abstrato” tem sido amplamente usado para descrever distorções e exageros figurativos em pintura e esculturas ou artifícios formais que se afastam das convenções da representação naturalista.
Obras como de Pablo Picasso, Henri Matisse, Constantin Brancusi e Henry Moore, dentre outros grandes artistas figurativos, tem sido com frequência descritas como “abstratas”.
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O uso comum do termo pretendia indicar o afastamento da representação de objetos ou do espaço real como percebidos na natureza, da “aparência que as coisas têm”, em direção a uma representação mais generalizada, simplificada ou distorcidas delas. À luz de minha observação inicial, isso não deveria nos surpreender. Toda arte figurativa, incluída a pintura e a escultura acadêmicas realista, é “abstrata” nos termos da primeira observação: ela opera por seleção, ênfase, exagero.
Em todo caso, sabemos perfeitamente bem que o mundo, na verdade, não se parece com suas representações pintadas: mesmo os artifícios mais naturalistas, como a perspectiva, as convenções de sombra e tonalidade, as técnicas de modelagem, entre outros, meramente criam para o espectador a ilusão de olhar como que através de uma janela para o mundo, ou para algo “semelhante à vida”, embora inerte, em nosso espaço imediato. Os artistas sempre souberam que essa transformação mágica é um assunto complexo que abrange elementos de design e estrutura, linha e formato, textura e fatura, ritmo e intervalo, luz e sombra, cor e tonalidade. Esses componentes são abstratos, no sentido em que são propriedades e qualidades percebidas das coisas, e não as próprias coisas.
Percebendo essa verdade profunda acerca da representação naturalista com a força de uma revelação, muitos dos melhores artistas do século XX buscaram libertar a arte do que foi chamado de “tirania da aparência”, especialmente das convenções acadêmicas de imitação ilusionista e dos artifícios enganadores que tinham sido ensinados nas academias de arte desde a Renascença.
► a seguir: nomeando a “NOVA ARTE”.
Arte abstrata na Nebulosa de Orion - NASA
Muitos artistas responderam à liberdade de expressão sem precedentes, necessária para a abstração, expandindo as possibilidades expressivas da arte figurativa. Cores arbitrárias; pinceladas veementes e texturas exageradas; colagens e outras rupturas da superfície; distorções da figura e de outras formas naturais: esses foram alguns dentre os diversos artifícios adotados. Em muitos casos, técnicas anteriormente vistas como preliminares, manejo grosseiro de materiais em direção à completude e ao “acabamento”, passaram a ser considerados como válidos por si, como aspectos expressivos autênticos da obra acabada. Um dos (muitos) problemas que surge na discussão da abstração e de suas histórias na arte moderna é que o próprio termo “abstrato” tem sido amplamente usado para descrever distorções e exageros figurativos em pintura e esculturas ou artifícios formais que se afastam das convenções da representação naturalista.
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A arte figurativa descrita como “abstrata”
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Obras como de Pablo Picasso, Henri Matisse, Constantin Brancusi e Henry Moore, dentre outros grandes artistas figurativos, tem sido com frequência descritas como “abstratas”.
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O uso comum do termo pretendia indicar o afastamento da representação de objetos ou do espaço real como percebidos na natureza, da “aparência que as coisas têm”, em direção a uma representação mais generalizada, simplificada ou distorcidas delas. À luz de minha observação inicial, isso não deveria nos surpreender. Toda arte figurativa, incluída a pintura e a escultura acadêmicas realista, é “abstrata” nos termos da primeira observação: ela opera por seleção, ênfase, exagero.
Em todo caso, sabemos perfeitamente bem que o mundo, na verdade, não se parece com suas representações pintadas: mesmo os artifícios mais naturalistas, como a perspectiva, as convenções de sombra e tonalidade, as técnicas de modelagem, entre outros, meramente criam para o espectador a ilusão de olhar como que através de uma janela para o mundo, ou para algo “semelhante à vida”, embora inerte, em nosso espaço imediato. Os artistas sempre souberam que essa transformação mágica é um assunto complexo que abrange elementos de design e estrutura, linha e formato, textura e fatura, ritmo e intervalo, luz e sombra, cor e tonalidade. Esses componentes são abstratos, no sentido em que são propriedades e qualidades percebidas das coisas, e não as próprias coisas.
Percebendo essa verdade profunda acerca da representação naturalista com a força de uma revelação, muitos dos melhores artistas do século XX buscaram libertar a arte do que foi chamado de “tirania da aparência”, especialmente das convenções acadêmicas de imitação ilusionista e dos artifícios enganadores que tinham sido ensinados nas academias de arte desde a Renascença.
► a seguir: nomeando a “NOVA ARTE”.
Veja nesse mesmo espaço Arte abstrata clicando na imagem abaixo
jacyelle adorrei esse saite vcs estao de parabens pelo trabalho pois e muito envolvente apesar de algumas pessoas ignorarem o modo como a arte abstrata e representada!
ResponderExcluira arte e o q faz as coisas ser ais linas do q ja sao
ResponderExcluiré muito lindas as suas obras
Excluire muitom bom
ResponderExcluiré otimo msm mt lindas
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