Uma dama das Artes - Tomie Ohtake
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Tudo da arte de Tomie Ohtake vira arte: seres feitos de formas. transparências, densidades, pigmentos.
"Eu nunca pintei com o emocional. Sempre pintei mais friamente. É sempre colocando camada, camada, camada. Colocando muitas cores, camada, camada até chegar onde eu quero. O gesto era bem mais calmo, caía sempre sobre a tela e seguia uma direção que era mais mental"
"Acordo às seis da manhã, isso sempre foi assim na minha vida nas minhas casas que viraram ateliês. Quando acordo, eu pinto formas e cores que sonhei à noite. Meu jeito não é fora. Lá fora não vou buscar. Não tem nada para mim. É melhor sonhar".
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Prédio do INSTITUTO TOMIE ONTAKE
Tem como proposta apresentar as novas tendências da arte nacional e internacional, além do trabalho da própria artista. O responsável pelo projeto é o arquiteto Ruy Ohtake, filho da artista.
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Fontes: Revista Florense e páginas do Google.
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'Uma artista que tem os pés dentro da contemporaneidade e nos presenteia com uma arte do seu mais puro sentido criativo, que não enxerga e nem se importa com as formas externas, e busca dentro de si a maior inspiração para seu modo de expressar.
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Tomie Ohtake (Quioto, 21 de novembro de 1913) é uma pintora japonesa naturalizada brasileira. Aos vinte e um anos de idade emigrou para o Brasil, iniciando sua carreira aos quarenta anos.
De acordo com alguns críticos a pintura de Tomie Ohtake corresponde a um dos pontos mais elevados do abstracionismo já produzido no Brasil. Com 95 anos, recusa a ideia de manter uma forma como se fosse a de mais uma fase em sua trajetória. “São totalmente livres”, e continua criando a todo vapor e é uma referência da arte abstrata brasileira.
Desde os anos 80, Tomie emprega poucas cores (em geral contrastantes) em suas telas e usa linhas minimalistas. Graças a sua técnica apurada, ela consegue obter movimentos, texturas e jogos de sombra de grande sutileza. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas, muitas delas expostas em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo.
Com uma extensa trajetória já participou de 20 Bienais Internacionais (seis Bienais de São Paulo), contabiliza em seu currículo mais de 200 exposições entre o Brasil e o exterior..
Não é bom bater à porta da casa de Tomie Ohtake com perguntas habituais que se fazem a um entrevistado quando o repórter liga o piloto automático, do tipo: como foi sua infância, o casamento, preferências políticas e as viagens pelo mundo. A artista plástica não gosta desse tipo de abordagem. Não que a simpática senhora vá reclamar. Seus modos são delicados, cheio de nuances, humor e ironia. Ela provavelmente vai pedir para mudar de assunto ou simplesmente encerrar a entrevista oferecendo uma xícara de chá ou um suco de laranja . "Já está bom, né?", vai dizer, com um sorriso. Bom é chegar a casa de Tomie com os olhos bem abertos para tudo o que se experimentará. - escreveu Luiz Antônio Girón na revista Florense, edição nº 14 - revista de design, arquitetura e cultura, de onde me basearei em boa parte de minha postagem.
Tudo da arte de Tomie Ohtake vira arte: seres feitos de formas. transparências, densidades, pigmentos.
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."Eu nunca pintei com o emocional. Sempre pintei mais friamente. É sempre colocando camada, camada, camada. Colocando muitas cores, camada, camada até chegar onde eu quero. O gesto era bem mais calmo, caía sempre sobre a tela e seguia uma direção que era mais mental"
Há um caminho a ser traçado pela experiência da expressão. O de Tomie é uma estranha coerência. É uma busca de sentido, uma perseguição de síntese. Iniciou-se na figuração, pintando as paisagens urbanas. Aos poucos, prédios e árvores que se dissolvem em formas geométricas, ao passo que as cores se tornam apasteladas. As pinceladas agressivas e o ataque das manchas do final dos anos 60 dão lugar ao construtivismo geométrico dos anos 60 e 70. Mas uma geometria esgarça, que não se cruzam em embates que revelam a crise da metamorfose de dois pigmentos em outra possível cor. A geometria mais rígida volta a vigorar na década de 80, mas inteiramente rasurada pele emergência das cores fortes. Em seguida tudo se rearranja e se dissolve na procurado inefável, a partir da década de 90, como observou o crítico Miguel Chaia. As vibrações do silêncio, as transparências e profundidades sugeridas nas pinceladas curtas e rápidas fazem com que o espectador medite sobre os limites da arte e da existência.
“A obra de Tomie Ohtake, como trajetória íntegra e integral, tem enfrentado o desafio de construir um tempo reconciliado entre a sabedoria de uma tradição e a experiência visual do sujeito moderno. Sua obra parece buscar em nosso olhar um haicai perdido”, escreve o crítico Paulo Herkenhoff, curador do MoMA Museum of Modern Art, Nova York (setembro, 2002). "
"Acordo às seis da manhã, isso sempre foi assim na minha vida nas minhas casas que viraram ateliês. Quando acordo, eu pinto formas e cores que sonhei à noite. Meu jeito não é fora. Lá fora não vou buscar. Não tem nada para mim. É melhor sonhar".
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"As ondas Santos 21"
Escultura em homenagem ao centenário da imigração japonesa, instalada em Santos - São Paulo.
A obra tem 15 m de altura, dividida em 3 módulos. A base possui 4m de altura, 3m de largura e 8m de comprimento. Para a confecção, a Cosipa/Usiminas doou cerca de 80 toneladas de aço tipo cor 500, material apropriado e de alta durabilidade. A produção das peças foi realizada na empresa Engebasa, empresa metal-mecânica situada em Cubatão - São paulo
.Prédio do INSTITUTO TOMIE ONTAKE
Tem como proposta apresentar as novas tendências da arte nacional e internacional, além do trabalho da própria artista. O responsável pelo projeto é o arquiteto Ruy Ohtake, filho da artista.
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Fontes: Revista Florense e páginas do Google.
Foto de Tomie: Frederic Jean
Outras: Web.
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Neste mês de agosto o blog esta em comemoração
ResponderExcluirE te convido a partipar durante todo o mês com a gente..
E para começar tem selo comemorativo lá no blog..
Abraço.
Eu conheço várias obras dela, mas ignorava este caminho que ela percorreu e todas estas evoluções no seu estilo durante todos estes anos. Ela é realmente um grande nome, uma referência na arte brasileira (felizmente que ela resolveu emigrar para o Brasil, não é mesmo?)e achei ótimo este post sobre sua vida e sua arte que você trouxe para nós.
ResponderExcluirUm grande beijo.
Que MULHER espetacular, ARTISTA maravilhosa, pessoa deslumbrante, ela é realmente uma dama das Artes!! Adorei seu blog e essa postagem, então, está muito boa mesmo. Obrigada!!!!!!!!!!
ResponderExcluirbjoooooooooooooooo
Jane